sábado, 30 de abril de 2011

MATRIOSKA


       
 Uma matrioska ou boneca russa é um brinquedo tradicional da Russia, constituída por uma série de bonecas, feitas de diversos materiais, ainda que o mais frequente seja a madeira, que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que não é oca). O número de figuras que se conseguem encaixar é, geralmente de 6 ou 7, ainda que existam algumas com um número impressionante de peças. A sua forma é simples, mais ou menos cilíndrica e arredondada e mais estreita na parte superior, onde se situa a cabeça da boneca. Não têm mãos (a não ser as que são pintadas na  sua superfície. O grau de sofisticação das matrioscas reside na complexidade dos motivos pintados.  (Wikipédia)

    
Outro dia a Letícia me mostrou duas bolsinhas bordadas com essa boneca. Eu achei uma novidade e criei este modelo – a dela era bem diferente – e acrescentei o chaveiro. Quando eu estava bordando o rosto lembrei de quando  criança nós faziamos bonecas de pano e o rosto que eu fiz na bolsinha ficou muito parecido com o que eu fazia nas bonecas quando era criança. E o interessante é que por mais que eu quizesse não consegui fazer um rosto diferente...

    


  Você já passou pela situação de procurar aquelas coisas que trazemos jogadas dentro da bolsa e não conseguir encontrar? Experimente usar estas bolsinhas para organizar a sua  bolsa.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

BOAS LEMBRANÇAS

      Boas lembranças sempre abrem uma janela clara em nossa alma, especialmente as boas lembranças da nossa infância. Boas lembranças que tenho da minha infância é correr com meus irmãos brincando de cavalo de pau, jogar peteca, pular corda, brincar de roda, ficar a noite na janela do quarto com as minhas irmãs olhando para o céu estrelado e identificando as constelações, comer broa quente assada na brasa, banana assada na chapa do fogão, queijo curado ou linguiça espetada no garfo e assada no fogo do fogão a lenha, nas noites frias nos sentarmos todos ao redor do fogão e ouvir o papai contar estórias de “Pedro Malazartes”. Outra boa lembrança é sentar perto de uma janela lendo um livro ou bordando, ouvindo o canto dos pássaros e o barulho da cachoeira. Esta experiência tem o poder de ampliar o meu mundo interior. O monge beneditino Anselm Grün no livro  “Reencontrar a própria alegria” fala sobre o poder curador das boas lembranças da infância. Quando lembro uma coisa alegre ela se torna presente e influencia a minha realidade. .
 Você tem cultivado suas boas lembranças?  
      Uma vez a Norozeti me deu um cartão que dizia: “A lembrança é uma forma de encontro”. É verdade, eu que tenho quase toda família morando longe, sei que há muitas formas da gente se fazer presente, até mesmo quando sentimos saudade. Estou falando de boas lembranças para falar da bolsa que eu fiz para a Adriana. Um dia ela trouxe para mim muitos pedaços de ponto russo que era da sua mãe. Eu recebi com carinho e fiquei pensando no que poderia fazer com eles, pois eu gosto de achar uma utilidade pra tudo. Me veio a idéia de fazer uma ecobag. Só depois que ficou pronta foi que eu pensei em dar para a Adriana, como uma forma de boa lembrança da sua vida e especialmente da sua mãe.
      


 As vezes eu pego emprestado as boas lembranças de outras pessoas... A Lucinha chegou de viagem e me disse entusiasmada que tinha visto em algum lugar um modelo de bolsa que ela gostou muito. Estas aqui eu fiz através dos olhos, do bom gosto e da admiração da Lucinha. Eu fiz as bolsas interpretando o que ela me descrevia.

domingo, 17 de abril de 2011

BISCOITOS


      Nós chamavamos a nossa avó paterna de Dindinha. Quando ela morreu  eu tinha sete anos e por isso não convivi muito com ela, mas o pouco que convivi deixou boas lembranças. Um dia, desejando resgatar um pouco a sua imagem, eu perguntei ao meu pai como ela era. Ele me respondeu que ela era uma pessoa muito boa, que gostava muito de rezar e de fazer biscoitos. Era assim a lembrança que ele guardava de sua mãe. Acho que me pareço um pouco com ela. Não me acho uma pessoa assim muito boa, mas bondade é uma coisa que me toca e que admiro. As vezes encontro pessoas das quais penso: meu Deus, como ela é boa! Mas eu certamente pareço com a Dindinha por gostar de rezar e de fazer biscoitos. Gosto muito de fazer biscoitos, e aqui em casa procuro sempre ter biscoitos feitos por mim e sempre estou procurando uma receita diferente.
     A primeira vez que eu comi esses biscoitos de avelãs foi nos Estados Unidos, a Vera comprou para eu experimentar porque ela gostava deles. Eu gostei, mas achei que eram muito torrados. Quando consegui a receita e fiz pela primeira vez  vi que no dia em que foram feitos ficavam macios, com o passar dos dias iam endurecendo. Mas mesmo duros fica muito gostoso se molharmos no capucino ou café com leite. Só consegui fazer com que ficassem mais do meu gosto na terceira vez que fiz. Mas para me consolar outro dia eu vi uma entrevista de um chefe de cozinha famoso e ele dizia que a gente acerta uma receita errando. As vezes uma receita que já temos prática de fazer sai errada por um motivo qualquer. Então, experimente esta receita.
                                    BISCOITO DE AVELÃS

Você pode substituir as avelãs por qualquer tipo de castanha.
1 e ½ xícara(100 ml) de açucar
2 ovos
1 colher de chá de essência de baunilha
3 colheres de sopa de manteiga ou margarina
 1 xícara de avelãs picadas
1 colher de sopa rasa de fermento quimico em pó
4 xícaras de farinha de trigo. Vá colocando aos poucos, talvez você gaste um pouco mais ou menos, depende do tamanho dos ovos e de sua medida de manteiga.
Modo de fazer:
Comece misturando bem o açucar, a manteiga, os ovos, baunilha e  avelãs. Vá juntando a farinha de trigo aos poucos e amassando com as mãos. A massa não pode ficar muito dura.

Forre uma assadeira com papel aluminio ou papel manteiga – eu detesto lavar assadeira agarrada. Divida a massa em 2 ou 3 partes e enrole no formato de pão. Leve ao forno para assar por 20 minutos.





 Retire do forno e corte em fatias. Desligue o forno e ponha o tabuleiro de biscoitos para terminar de assar – com o forno apagado. Deixe até o forno esfriar





Eu e Aline gostamos deles feitos da forma original, mas se você preferir pode fazer os biscoitos enrolados um a um.
Enquanto você espera os biscoitos ficarem prontos pegue um livro para ler. Eu li recentemente e gostei muito de “Ausência na primavera” de Agatha Christie sob o pseudônimo de Mary Wesrmacott. É a história de uma mulher ausente de si mesma.
Faça um chá ou um café para saborear com os biscoitos feitos por você sem gordura trans ou conservantes, e se alegre com sua obra de arte.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

TORTA DE MORANGO OU UVA

A primeira vez que eu comi essa torta foi assim: era dia do meu aniversário  e a Beth levou uma deliciosa torta de morango.  Pegando a receita com ela eu experimentei fazer em dias festivos na família. Pedro Henrique gostou tanto que até hoje se perguntarmos a ele qual a sobremesa que ele quer no seu aniversário, Natal, e até mesmo no aniversário de outros membros da família – nós já sabemos a resposta dele: torta de uva. Ele gosta mais com uva - e exige que seja “uva sem caroço”.  Esta receita é suficiente para uma forma de 25 cm de diâmetro. Se preferir pode fazer em taças individuais. O divertido numa receita é criar, variar, mudar alguma coisa para ficar do nosso jeito.
RECEITA
1.    Creme:
Ø  2 latas de leite condensado
Ø  1 e ½ lata de leite (medida na lata de leite condensado vazia).
Ø  1 colher de sopa de margarina
Leve ao fogo mexendo sempre até engrossar (aparecer um pouco o fundo da panela).
Deixe esfriar – quando eu dei esta receita para a Verinha e não disse que precisava deixar esfriar o creme ela o colocou quente sobre os morangos... você pode imaginar o desastre... estragou a receita!
2.    As frutas
Ø  2 caixinhas de morango – mais ou menos 1 kg de uvas
Enquanto o creme esfria, lave e enxugue as uvas ou os morangos inteiros – tenha o cuidado de retirar as folhinhas com as mãos sem cortar o cabinho, senão pode soltar o suco do morango e sua torta ficar aguada – e arrume no fundo da travessa que você for usar.
Coloque o creme frio sobre as uvas ou morangos.











3.    Cobertura:
Ø  1 barra de chocolate ao leite (200 gr). O Pedro Henrique gosta de chocolate com castanha de cajú, eu prefiro sem castanha.
Ø  1 lata de creme de leite


Quebre com as mãos e leve ao fogo em banho-maria ou micro-ondas para derreter misturando bem para não ficar nunhum pedaço inteiro. Depois junte o creme de leite e misture bem. Vire sobre a torta. Deixe gelar por algumas horas e saboreie!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

UM MUNDO DE PONTOS

    O trabalho manual  (bordado, tricô, crochê, costura) sempre foi importante para mim. Eu me lembro que quando era criança, com oito ou nove anos, fazia vestidos para uma pequena boneca que eu tinha usando uma velha máquina de costura manual de minha mãe – máquina que tinha sido aposentada porque foi comprada uma nova movida a pedal. Pensando bem, devia ser difícil para uma criança segurar as pequenas peças a ser costurada com uma mão e girar a máquina com a outra. Me lembro que copiava modelos de artistas do rádio e cinema que encontrava nas revistas e fazia para a boneca. Mais ou menos na mesma época minha mãe me ensinou a fazer a trancinha e depois o ponto alto que são a base do crochê.  A partir desses primeiros pontos eu comecei a tecer o crochê – os primeiros trabalhos ficaram cheios de defeitos. O tricô eu aprendi com minhas irmãs mais velhas fazendo sapatinhos para os  sobrinhos que iam nascer.
      O trabalho manual com agulha sempre foi para mim uma arte e uma terapia; me ajudou a superar os momentos mais difíceis, me fez companhia na solidão, me ajudou a desenvolver, a criar, um mundo tecido de pontos. Se estou estressada ou ansiosa, é só pegar um trabalho de agulha que minha mente se acalma. Gosto especialmente de tecidos e linhas. Viajo mentalmente na beleza das cores, texturas, estampas e combinações. Já fiz todo tipo de trabalho –crochê, tricô, tapeçaria, pintura, bordado livre, ponto de cruz, etc. – ultimamente tenho trabalhado mais com patchwork e bordado livre, gosto tanto que não tenho conseguido fazer muito outras coisas. O que eu mais gosto de fazer com patchwork é o trabalho com aplicação, como estas bolsas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A COLCHA DO BENJAMIN

Aí, eu tive vontade de fazer uma colcha para o Benjamin. O primeiro passo quando a gente quer fazer algum trabalho manual como uma arte é deixar vir a inspiração, deixar brotar a criatividade, pois, afinal de contas precisamos fazer algo que nos dê prazer. Acho que ninguém quer fazer um trabalho sem ter gosto nele, não é? A primeira idéia que veio foi copiar um modelo de uma revista. BOM... não estava legal... aí pensei em fazer um modelo com a Arca de Noé que eu trouxe do Canadá há muito tempo e ainda não tive oportunidade de fazer.  Tinha tudo a ver, pensei... é a oportunidade que eu estava esperando para fazer aquele modelo, e além de tudo tinha a mensagem de um texto bíblico. Cheguei a tirar o xerox e estava me preparando para aumentar a figura até o tamanho da colcha. BOM... pensei... não é isto que eu quero fazer.
       Então, numa noite (quando a inspiração vem fazemos com ânimo e rapidez) peguei umas idéias daqui e dali, aumentei figuras que eu tinha... e montei o desenho da colcha. A fonte da inspiração foi: a Verinha tinha me pedido bichinhos para as lembrancinhas,  como minha família é da roça sou ligada em coisas do campo, flores, jardins, etc. Desejei que ele se sentisse bem e ficasse bem calminho numa cena campestre, com crianças brincando, o sol e o prazer da vida ao ar livre, prazer esse que nós estamos perdendo.

domingo, 3 de abril de 2011

OS BICHINHOS

      Quando a  Verinha estava grávida  me pediu para fazer as lembrancinhas para o chá de bebê. Para isso ela me mandou muitos modelos que tirou de sites na internet. Eu escolhi alguns, modifiquei um pouco, e fiz 34 bichinhos para ela dar de lembrança para suas convidadas ao chá de bebê. Há muito tempo eu já havia feito bonecos e trabalhado com feltro. O quarto dos meus filhos eram cheios de bonecos. Me lembro de umas bonecas de pernas compridas que a gente usava fazer na época. Agora elas voltaram a moda, , mas um pouco menores.  Pena que naquele tempo eu não tirei nenhuma foto. Talvez um dia destes eu faça uma e publique aqui.
Bom, voltando ao pedido da Verinha, como eu nunca tinha feito miniaturas de bichinhos, e eu gosto muito de fazer coisas novas, gostei de idéia e pus mãos à obra. Desta forma eu pude participar de um momento muito importante na vida dela,  a gravidez do primeiro filho, e me senti perto dela que mora longe.
Como uma coisa sempre puxa outra precisei atender outros pedidos. Fiz um panda para Aline, um passarinho e um gato para Valéria, um panda para Maria Vitória, e um passarinho para  a Adriana simbolizando o sair da casa do pai e construir seu próprio ninho. Ah, os bichinhos são usados como chaveiro. Contando esta história para a Karine ela se sentiu inspirada a retomar o trabalho com feltro e fez lindos bichinhos para a sobrinha. Como vocês podem ver o trabalho manual sempre inspira coisas boas.