Desde que me
entendo por gente o bordado faz parte da minha vida. Cresci vendo minhas irmãs
mais velhas bordar e com elas, ainda criança, aprendi os primeiros pontos. Nós
morávamos na roça e tudo era muito simples, mas sempre tínhamos algumas linhas
e tecidos que tornava possível entrarmos no mundo encantado dos bordados – tão
encantado quanto o mundo das histórias infantis.
Acho que o que me chamou
atenção para a arte do bordado foi o colorido das linhas, a criatividade, e
encontrar no bordado um modo de expressar os sentimentos. Geralmente bordamos
o que sentimos... Se estou triste ou preocupada tenho dificuldade em combinar
as cores e criar algo belo e harmonioso. Mas também já fiz a experiência do
bordado me tirar da tristeza ou preocupação... Quando começo a bordar ou começo
um processo criativo de um novo trabalho, aos poucos vou entrando naquele mundo
belo e colorido das linhas e tecidos, e vou saindo da zona da tristeza. De novo brilha a vida, alegria e
esperança.
A Ester, minha
irmã mais velha, borda colchas e toalhas de mesa em bordado livre semelhantes
às colchas e toalhas que fazíamos na roça. Vendo o trabalho dela observo como o
bordado nos remete à infância – ela borda os pontos que aprendeu quando criança
e adolescente: ponto atrás, cheio, cadeia, caseado, matiz, ponto cruz... Ao
criar sua arte ela une passado e presente, revelando a beleza da sua vida e de
seus sentimentos... Ela criou um estilo próprio: bordado livre e viés em tecido
de algodão cru. De tal forma que quando vemos aquele trabalho já sabemos que
foi ela quem fez. Entre colchas e
toalhas ela já fez umas 40 peças!
Karine, obrigada pelas fotos.
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ESTA A ESTER FEZ PARA KARINE |
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COLCHA INFANTIL |
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TOALHA DE MESA |
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EU GOSTEI TANTO QUE FIZ UMA PARA MIM |
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DETALHE DA MINHA COLCHA |
Enquanto bordamos nossa vida vai sendo
curada...
Por isto te convido a fazer algo que te faça se sentir assim.
Boa semana!!!