domingo, 8 de fevereiro de 2015

COLCHAS DA ROÇA

    Desde que me entendo por gente o bordado faz parte da minha vida. Cresci vendo minhas irmãs mais velhas bordar e com elas, ainda criança, aprendi os primeiros pontos. Nós morávamos na roça e tudo era muito simples, mas sempre tínhamos algumas linhas e tecidos que tornava possível entrarmos no mundo encantado dos bordados – tão encantado quanto o mundo das histórias infantis. 

     Acho que o que me chamou atenção para a arte do bordado foi o colorido das linhas, a criatividade, e encontrar no bordado um modo de expressar os sentimentos. Geralmente bordamos o que sentimos... Se estou triste ou preocupada tenho dificuldade em combinar as cores e criar algo belo e harmonioso. Mas também já fiz a experiência do bordado me tirar da tristeza ou preocupação... Quando começo a bordar ou começo um processo criativo de um novo trabalho, aos poucos vou entrando naquele mundo belo e colorido das linhas e tecidos,  e vou saindo da zona da tristeza. De novo brilha a vida, alegria e esperança.

     A Ester, minha irmã mais velha, borda colchas e toalhas de mesa em bordado livre semelhantes às colchas e toalhas que fazíamos na roça. Vendo o trabalho dela observo como o bordado nos remete à infância – ela borda os pontos que aprendeu quando criança e adolescente: ponto atrás, cheio, cadeia, caseado, matiz, ponto cruz... Ao criar sua arte ela une passado e presente, revelando a beleza da sua vida e de seus sentimentos... Ela criou um estilo próprio: bordado livre e viés em tecido de algodão cru. De tal forma que quando vemos aquele trabalho já sabemos que foi ela quem fez. Entre colchas e toalhas ela já fez umas 40 peças!
Karine, obrigada pelas fotos.
ESTA A ESTER FEZ PARA KARINE
COLCHA INFANTIL
TOALHA DE MESA
EU GOSTEI TANTO QUE FIZ UMA PARA MIM
DETALHE DA MINHA COLCHA
Enquanto bordamos nossa vida vai sendo curada... 
Por isto te convido a fazer algo que te faça se sentir assim.
Boa semana!!!

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