Imagine um grupo de mulheres trabalhando os materiais, especialmente o algodão, para transformar em fios para tecer, bordar, costurar, etc. Lembro que quando era criança tínhamos umas colchas feitas com diversos tipos de fios das quais não lembro a origem.
A cena da fiandeira trabalhando numa roda de fiar, movimentando as mãos, que vão torcendo os capuchos de algodão, apertando o fio que se forma e vai se enrolando no carretel nos remete a saberes antigos passados de mãe para filha. Ela vai repetindo o gesto até a linha virar um novelo. Esse ofício é quase tão antigo como a própria humanidade e é uma atividade comum no interior de Minas Gerais e na região do Cerrado brasileiro.
A cena da fiandeira foi bordada em uma almofada que minha sobrinha Shirlene viu em uma viagem no interior de S. Paulo e tirou uma foto. Eu aumentei o risco e bordei com técnica de aplicação e bordado livre. Este foi um bordado que eu gostei muito de fazer.AS FIANDEIRAS (Velázquez)
O BORDADO ABERTO |
Por fim, uma quadrinha - não encontrei o autor:
Fiandeira, por que fias?
Fio fios contra o frio.
Fiandeira pra quem fias?
Fio fios pros meus filhos.
Fiandeira, com quem fias?
Com fieiras de três fios.
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