segunda-feira, 28 de novembro de 2011

RECEITA PORTUGUÊSA

Bacalhau à Brás (ou também Bacalhau à Braz) é um prato típico português de bacalhau. Sendo um dos pratos mais populares confeccionados com este peixe, consiste em bacalhau desfiado, batata palha frita e ovo mexido. É muito consumido em Portugal e também em Macau. A receita terá sido criada por um taberneiro do Bairro Alto, em Lisboa, de seu nome Brás (ou Braz, como era uso grafar na altura). A sua popularidade levou-o a atravessar a fronteira, sendo por vezes possível encontrá-lo também em ementas espanholas sob designações como "revuelto de bacalao a la portuguesa". (Fonte Wikipédia)

Esta receita é para quem, como eu, gosta muito de bacalhau. Ela é muito simples e fácil de fazer. Comi este bacalhau no restaurante "A VALENCIANA" em Lisboa e achei tão gostoso que pedi a receita – que anotei em um guardanapo. O chef me disse que era o “mexido” português, e realmente lembra o tradicional “mexido” mineiro.  Você pode aumentar ou diminuir os ingredientes dependendo da quantidade que for fazer. Para facilitar eu usei o bacalhau já desfiado, sem pele e espinhas.



BACALHAU À BRÁS

INGREDIENTES – para 4 pessoas

400 gr da bacalhau
2 cebolas cortadas em cubos
1 dente de alho picado
Mais ou menos ½ xícara de azeite de oliva
5 ovos batidos temperados com sal 
150 gr de batata palha
Salsinha picada
Azeitonas pretas

MODO DE FAZER

Deixe o bacalhau de molho na geladeira por 24 horas trocando a água algumas vezes. Escorra a água e desfie grosseiramente.
Em uma panela ou frigideira grande leve ao fogo o azeite, a cebola e o alho; mexa até murchar a cebola. Junte o bacalhau e deixe refogar um pouco;  junte a batata palha e os ovos batidos e misture – de forma que os ovos fiquem cozidos, mas sem endurecer.  Coloque a salsinha e as azeitonas por cima do prato. Sirva bem quente.
No "A VALENCIANA" serviram com arroz com cenoura – cenoura picada cozida junto com o arroz.




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MEMÓRIAS DE VIAGEM - 4


       De Saint Michel voltamos a Paris, onde uma parte do grupo retornou ao Brasil. Na manhã seguinte saimos de Paris em direção a Calais para irmos para a Inglaterra atravessando a canal da Mancha. Me lembro que este mesmo caminho – Paris, Calais, Dover – era feito durante a Revolução Francesa por aqueles que estavam ameaçados de morte na guilhotina e por isso precisavam fugir. Quando eu via a descrição dessa viagem em filmes, livros ou documentários, jamais imaginei que um dia eu faria esta viagem passando pelo mesmo caminho. São as surpresas que a vida nos traz...

Baía de Somme
    No caminho para Calais fizemos uma parada na baía de Somme, onde tem uma reserva natural de aves. Esta região do norte da França é muito bonita. A natureza canta!
Olhando a paisagem que se desenrola diante dos meus olhos penso que como esses campos, essas paisagens belas ou não, dourados pela sol ou cobertas por nuvens cinzentas, assim a vida passa rapidamente. E ela é muito preciosa para que a deixemos passar sem saboreá-la, sem viver cada momento intensamente.



Atravessamos o canal da Mancha num ferryboat e chegamos em Dover na Inglaterra com tempo bom. 









      Mas logo o céu se cobriu de nuvens e caiu um aguaceiro. Já vemos a diferença no tempo, na paisagem e na arquitetura. Estamos na Inglaterra.










       No dia seguinte, um típico dia de outono inglês (frio e chuvoso) andamos o dia todo de ônibus e a pé fazendo um citytour pelos locais mais importantes de Londres, como o palácio de Buckingham, o Big Ben, a torre de Londres, o Parlamento, a catedral de Westminster, os diversos parques e praças. As ruas são apertadas e o tráfego intenso. Almoçamos num pub (típico bar inglês), visitamos o Coven Garden (o mercado de Londres), e terminamos o dia na rua Oxford (a rua das compras).

      Em nosso último dia em Londres a natureza cooperou conosco e o dia amanheceu lindo. Logo cedo saimos para visitar o Castelo de Windsor que fica nos arredores de Londres. Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do campo inglês. Londres é uma cidade cosmopolita onde há muitos estrangeiros. No interior podemos conhecer melhor o que é ser inglês. As casas dos suburbios com suas chaminés – como vemos no filme Mary Poppins – os campos dourados de outono, os pés de peras e maçãs carregados de frutos, as tranquilas cidades pequenas com sua praça... 
      
Troca da guarda no castelo de Windsor
      Os campos ao redor do castelo são muito bonitos. O castelo é enorme. Visitando-o dá para se ter uma noção de como é a vida da família real britânica. O interessante é ser um castelo movimentado   e não apenas para turistas. Além da família real, há os guardas, os empregados, pessoas que residem na área do castelo, as lojas... Os arredores do castelo funcionam como uma fazenda onde se planta, colhe e produz coisas diversas.

     Olhando para cada dia da viagem percebo que eu vivi - e creio que todos do grupo viveram - experiências inesquecíveis, que nada no mundo pode pagar. Lembro aqui especialmente a amizade e companheirismo entre nós. 

sábado, 12 de novembro de 2011

MEMÓRIAS DE VIAGEM -3

  
Lyon - França
      Seguindo viagem paramos em Lyon - uma cidade muito bonita - para visitar alguns pontos importantes. E continuamos em direção a Paris.  Então, na estrada, depois de uma curva se abre um belo cenário. Aqui é um grupo de poneis no pasto, mais adiante são vacas branquinhas e ovelhas, depois é uma maquina colhendo o milho, outra preparando a terra para a semeadura; de repente são fileiras de árvores, depois uma explosão de cores do outono, os pássaros em revoada, o por do sol...

       Seguindo para Paris pernoitamos em Bourges. Na manhã seguinte a temperatura caiu e os campos ficaram cobertos de geada. Olhando para as plantações brancas pela geada me veio o pensamento que as vezes plantamos muito na vida, mas não temos a colheita esperada. Semeamos durante o dia, mas durante a noite vem a geada e mata o que plantamos. A natureza nos ensina a lidar com o que nos acontece, a ter paciência e aprendermos com o que a vida nos traz.




Paris... em pleno outono vivemos um dia de inverno com temperatura de 0 grau.



No dia seguinte a temperatura aumentou e o dia estava muito bonito. Fomos visitar o palácio de Versalhes, com seus jardins que chama atenção por sua harmoniosa beleza.

       Nos despedimos de Paris com as luzes da Torre Eiffel, e seguimos viagem, agora pela Normandia.

        A Normandia, terra das maçãs, é muito bonita. Passamos por pomares de maçãs - me chama atenção mulher com seu cachorro colhendo maças perto de uma cerca viva. Um bando de pássaros brancos catando bichinhos na terra arada. 


Ah, os belos campos da Normandia!

 Ainda pela manhã chegamos a Lisieux.  O nosso quarto no hotel era no último andar e parecia aqueles quartos de sotão com uma janela no teto. Acordei no meio da noite e fiquei olhando as estrelas no céu...

No dia seguinte seguimos viagem para Saint Michel, num belo dia de outono. 


      

 É bem verdade que cada lugar tem sua beleza característica. Por exemplo, o lugar onde nascemos tem uma beleza que envolve um apelo emocional; sempre pensamos nele como a nossa casa. Assim também o lugar onde moramos, onde construimos a vida, tem uma beleza que reflete a necessidade de viver satisfeitos onde vivemos...




Jardim do claustro - Saint Michel
Uma das belas vistas do monte Saint Michel
  
 Mas, o Monte Saint Michel é um dos lugares mais bonitos que já vi. A vista é tão magnífica que me dá vontade de tirar mil fotos... e depois fica difícil escolher uma...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MEMÓRIAS DE VIAGEM - 2

       Saimos de Barcelona numa bela manhã de domingo. Fomos numa viagem tranquila e agradável com brincadeiras e bate -papo. Paramos para almoçar em Carcassone (uma cidade medieval), já na França. Diante de nossos olhos desfilavam a beleza dos campos francês, os parreirais, os pinheiros altos e esguios que se parecem com colunas enfileiradas, os campos preparados para o plantio, as fileiras de árvores com as folhas de um tom verde/amarelado do outono, os álamos com as folhas douradas e os arbustos com folhas de tonalidade intensa que vão do amarelo e laranja, passam pelo vermelho e chegam ao vinho. O Canal do Midi  (que liga o sul ao norte da França) com suas belas paisagens e as aves aquáticas. Diante de tão belo cenário penso que uma viagem assim é um presente do céu, um tempo de graça.

Lourdes - França
     Todo o campo é envolto na luz dourada do sul da França que já encantou tantos pintores. É uma explosão de beleza. Já nas vizinhanças de Lourdes, na região dos Pirineus, surgem as mais belas flores do campo. Brancas, amarelas, rosas, vermelhas e vinho...mas rapidamente vai passando todo esse cenário diante dos nossos olhos segundo a velocidade do ônibus. As vezes consigo tirar uma foto outras vezes só dá para fotografar com os olhos e guardar no coração. Assim, chegamos a Lourdes sem cansaço.
 Ah... o interior da França! Como é bonito! Com seus castelos e vilas medievais cheias de histórias. A boa comida, as deliciosas tortinhas, os parreirais dourados, as casas típicas, o cheiro de lavanda, violetas e ervas finas de Provence. Lembro-me de uma parada para o almoço onde tinha uma loja de produtos regionais e eu comprei sabonetes e colhi pendões de lavanda que perfumaram minha bolsa.

La Salete - França
      Subimos os Alpes franceses em direção ao Santuário de La Salete. Que paisagem de tirar o folego! O dia estava chuvoso e por isso não foi possivel ficar ao ar livre. Mas, mesmo assim a natureza era expledorosa. Os bandos de pássaros em revoada, os rebanhos de ovelhas, as cores de outono, a montanha...
Os Alpes


domingo, 6 de novembro de 2011

MEMÓRIAS DE VIAGEM - 1

       Lisboa foi a porta de entrada, por onde começamos, nossa viagem pela Europa – Portugal, França, Espanha e Inglaterra.  Lisboa... cidade antiga e moderna, cheia de história - história que muitas vezes se entrelaça com a história do Brasil. E tem sua economia baseada sobretudo na exportação de cortiça, vinhos e azeite. Com belas calçadas, as tradicionais calçadas com pedras que também usamos no Brasil, e o uso de azulejos na decoração das casas - costume que herdamos dos portuguêses e agora, segundo a guia, o modelo brasileiro está revitalizando essa arte em Portugal.

O bonde em Lisboa
       Depois de um tour pelos pontos turísticos, com paradas para o almoço em que o prato principal era um delicioso bacalhau - depois darei a receita para vocês - e para saborear o tradicional pastel de Belém, no final da tarde seguimos para Fátima. No hotel, em Fátima, tive a alegria de encontrar Vitorinha e Ildeque, um casal amigo de Colatina. O mundo é pequeno...





Barcelona - vista do Montjuic
      Saimos de Fátima em direção a Lisboa de onde pegamos um avião para Barcelona. Na chegada fomos recebidos pelo Mário – nosso motorista português que ficou conosco até o final da viagem em Londres. Mário foi muito mais que um motorista, se tornou para nós um amigo.

   





Entrada do "Pueblo"
   


Almoçamos num lugar muito bonito e tradicional, um “pueblo”. É uma praça cercada de muralhas, com restaurantes e lojas de artesanatos e produtos típicos ao redor. As mesas espalhadas pelas calçadas, alguém tocando um violão... pura poesia. 

Interior do "pueblo"

     Depois, como tinhamos a tarde livre, fizemos um tour num ônibus de turismo local vendo as belezas de Barcelona de cima do ônibus, na parte aberta, com o vento frio batendo no rosto.

       Barcelona é uma bela cidade situada as margens do mar Mediterrâneo, foi fundada pelos romanos no século II a/C. Tem uma intensa vida cultural e é muito bonita com seus parques, fontes, árvores e praças. Apesar de ser uma cidade muito antiga é clara e arejada. Como era sábado, era  grande o número de pessoas caminhando pelos parques e subindo os montes.

      
     

      Na parte antiga da cidade merece destaque o bairro gótico, o único local onde ainda resta uma parte da muralha do tempo dos romanos. Cada ângulo e cada ruela que de repente se abre numa praça traz uma surprêsa e beleza inusitada.










    

       Outra coisa que chama a atenção em Barcelona são as obras de Gaudi, que hoje em dia identificam a cidade. É impossível pensar em Barcelona sem pensar na igreja da Sagrada Família (ainda em construção) e tantas outras obras desse genial arquiteto.

 Gaudí... arrojado, audacioso, considerado louco em seu tempo, revolucionou a arquitetura. Com suas obras inspiradas na natureza e no  ser humano quebrou os padrões. Olhando para suas criações podemos lembrar que Deus sempre quebra os nossos padrões:
“Quanto o céu é mais alto que a terra, tanto os meus caminhos estão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos” (Is 55,9).



Montserrat





Amei Barcelona!