sábado, 24 de novembro de 2012

À VIDA!!!


Meu aniversário foi no dia 26 de outubro, mas vou falar dele hoje…
     Fiz 67 anos ou 67 anos 9 meses contando o tempo que eu vivi no útero de minha mãe. Nasci em 1945 – logo após o fim da segunda guerra. Um tempo de esperança de paz e reconstrução para a humanidade. Em outubro , na primavera. Outubro abre as portas para a vida na natureza e abre as portas para minha vida. Recebi a vida como um presente de Deus e presente a gente deve saborear, ter gosto, ficar alegre por ter recebido uma dádiva.

      Este ano, talvez como nunca, tive gosto em celebrar a vida desde o primeiro dia de outubro. Mas, como costuma acontecer, as coisas não aconteceram como eu imaginava J - a vida vai muito além da imaginação. .. ela está sempre em movimento. A cada dia temos uma nova oportunidade para viver e renascer. Os contratempos, as surpresas que a vida nos traz nos convida a por-nos em movimento, pois há algo melhor, há muito mais além do nosso estreito horizonte. Para tomar posse da nossa terra precisamos caminhar com humildade, mansidão, paciência, amor e paz.

Recebi também um presente diferente, incomum:a Karine me deu uma boneca! Dizem que quando a gente envelhece vai se tornando criança outra vez – lembram-se do filme “O estranho caso de Benjamin Button”? - então, estou na fase de ganhar bonecas... A Karine faz lindas bonecas chamadas Tildas, que são inspiradas nas personagens da romancista inglesa Jane Austen - eu gosto muito dos livros dela, o mais famoso é Orgulho e Preconceito; acho que a minha boneca se parece com a Emma, personagem do livro homônimo.



A expressão do rosto e detalhes do vestido
 Repare na riqueza de detalhes – a boneca é toda feita à mão!














O cabelo...

















A bolsa...























Os sapatos.


Por acaso hoje é dia do seu aniversário? Se não for não tem importancia. Hoje é dia de você celebrar a vida, saborear este presente que Deus te deu. Então, 

PARABÉNS PRA VOCÊ!!!!!

Para conhecer mais sobre as Tildas e os trabalhos da Karine veja no blog 
www.nossaarteemfamilia.blogspot.com

domingo, 4 de novembro de 2012

TIRAMISÚ



Tomando sorvete de tiramisú em Assis - Itália
      Quando fui à Itália pela primeira vez, estavamos em Florença e pessoas do grupo  falaram que ali o sorvete era especial e que não podiamos sair da cidade sem tomar sorvete. Na sorveteria um sabor chamou minha atenção, acho que por causa do nome diferente: Tiramisú. Provei e achei delicioso! Uma mistura de queijo, biscoito, café, chocolate e outros sabores que não consegui identificar.

    Depois achei a receita numa revista e fiz para ver como era – naquele tempo ainda não havia o Google... O Tiramisú é uma espécie de pavê com camadas de creme com queijo, biscoito champanhe molhado na calda e chocolate. Como eu procurava “aquele” sabor do sorvete italiano, fui desenvolvendo a receita, fazendo alterações até chegar ao gosto da minha lembrança.

    Algumas alterações que fiz: o Tiramisú italiano é feito com queijo mascarpone, mas como no Brasil  não é fácil encontrar esse queijo, eu o substitui pelo creamcheese. Na receita original usa-se chocolate em pó; eu uso o chocolate ao leite ou meio amargo em barra, ralado no ralo grosso ou raspado com descascador de batatas - assim o tiramisú fica com pedacinhos de chocolate. E como aqui em casa eles não gostam de bebida alcoolica no doce, substitui o licor da calda por especiarias - cravo, canela, noz moscada e essência de avelã.

RECEITA

150 gr de chocolate ao leite ou meio amargo em barra
180 gr de biscoito campanhe

Para o creme:
5 ovos
¾ de xícara de 200ml de açucar refinado
250 gr de creamcheese
1 caixinha (200 gr) de creme de leite
1 colher de chá de essência de baunilha

Para a calda:
1 xícara de açucar
1 xícara de água
Alguns cravos
Canela em pau
1 colher de chá de noz moscada ralada
¾ de xícara de café bem forte 
1 colher de chá de essencia de avelã (opcional)

Modo de fazer:

Faça primeiro a calda para que ela esfrie.
Rale o chocolate no ralo grosso e reserve.
Em uma panela leve ao fogo os ingredientes da calda menos o café e a essência de avelãs. Depois que levantar fervura deixe ferver por 5 minutos. Retire do fogo, junte o café e a essência de avelã.
Enquanto esfria faça o creme.

Separe as claras das gemas e bata as claras em neve – deixe na geladeira.
Passe as gemas por uma peneira para tirar a película que a envolve – assim o seu tiramisú não ficará com gosto de ovo. Junte o açucar e a essência de baunilha. Bata por 5 minutos. Depois junte o creamcheese e o creme de leite e bata até ficar tudo bem misturado.
Junte as claras em neve misturando suavemente.

Montagem:
Em uma vasilha apropriada coloque um pouco do creme.
Molhe os biscoitos na calda e coloque sobre o creme – a calda deve estar fria. Sobre os biscoitos espalhe uma parte do chocolate. Repita com mais uma camada de creme, biscoitos molhados na calda e chocolate. A última camada deve ser de creme. Espalhe o chocolate restante por cima.

Leve ao congelador por 4 horas. Se quando você for servir estiver muito congelado deixe na geladeira por uns 15 minutos.

E saboreie o tiramisú.

sábado, 13 de outubro de 2012

TECIDOS, FLORES & ALMOFADA



Tecidos de algodão para fazer patchwork 
      Penso que os tecidos caminham junto com a história da humanidade. Desde o início os tecidos foram fundamentais para  o ser humano. É possível conhecer um pouco a história, cultura e tecnologia de uma época e de um povo nas tramas dos seus tecidos. A industria textil é considerada uma das mais antigas do mundo. Da prensagem de folhas e ramos, passando pelo tear manual, às fibras naturais, até chegar aos fios inteligentes dos tecidos tecnológicos da atualidade o tecido sempre acompanhará e se desenvolverá com a humanidade. O interessante é que com todo desenvolvimento tecnológico ainda há lugar para o tear manual e as fibras naturais. Em se tratando de tecidos o antigo sempre caminha com o moderno.

Achei lindo este tecido! Amo pássaros.
      Duas coisas são revigorantes para mim quando estou triste ou sem energia: tecidos e flores. É muito bom ir à uma loja de tecidos ou trabalhar com patchwork – juntando e combinando os tecidos - ou ir à uma floricultura ver as flores. As vezes não compro nada, me contento em olhar as flores; olhar e tocar os tecidos. Gosto de ver as cores, as estampas, e sentir pelo tato a textura dos diferentes tecidos. Mas não costumo comprar tecidos para fazer estoque, geralmente compro o que estou precisando para o trabalho que estou fazendo ou planejando fazer. Quando estou viajando sempre que posso procuro ir à uma loja de tecidos para ver as novidades. Como moro em apartamento e não posso ter um jardim procuro fazer um jardim com tecidos e bordados.

       Como amo fazer trabalhos manuais sempre que vou viajar levo comigo um bordado para as horas de folga. Na última viagem levei uma almofada em patchwork crazy com o tema “jardim”. Montei um fundo que lembrava canteiros, as flores maiores eu fiz em crochê.

FLOR AMARELA
1ª. Carreira: faça um anel com 8 trancinhas.
2ª. Carreira: 2 trancinhas, 1 ponto alto dentro do anel, 11 pontos alto duplo, 1 ponto alto, 2 trancinhas, prenda numa trancinha do anel.
Está pronta uma flor. Faça 30 flores e pregue formando cacho.












FLOR ROSA
1ª. Carreira: faça um anel com 8 trancinhas.
2ª. Carreira: faça 20 pontos baixos no anel.
3ª. Carreira: 3 correntinhas, 2 pontos alto duplo, 3 correntinhas, prenda no ponto baixo seguinte. Repita até o final.









Canteiros...
... do jardim.



























Com esta seda...
... fiz esta bela blusa.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CHÁ E BISCOITOS



Esta varanda sempre me inspira...
      As vezes vamos a lugares que nunca pensamos ir e as vezes vamos a lugares onde não pensávamos mais voltar... Então, vim outra vez à Virginia. Sempre que venho aqui gosto de sentar-me na varanda para bordar, ler ou simplesmente olhar e ouvir os sons da natureza – pássaros, esquilos, cigarras, riacho, vento – e contemplar as árvores imensas que tem ao redor da casa. 




As flores...



Sinto que é um tempo em que as coisas são unidas dentro de mim num trabalho silencioso que experimento mais ou menos, mas depois vejo os frutos.






Os esquilos...



    








As árvores...



   




Nos Estados Unidos é bom para fazer umas comprinhas – o preço é muito bom – e achar novas receitas. Desta vez eu ainda não tinha descoberto uma nova receita, mas uma manhã quando acordei a Vera estava me esperando com a receita para fazer um biscoito para o café da manhã. Ela me disse que era um biscoito tradicional na hora do chá inglês com o nome de Muffin inglês, mas aqui o chamam de Tea Biscuit -  nós já tinhamos comido dele no Tim Hortons, no Canadá. Eu o acho semelhante ao pão de minuto que temos no Brasil. Muito fácil de fazer e bom para comer no café da tarde. Então, passo para vocês a receita:

TEA BISCUIT

2 ½ xícaras (200ml) de trigo
1 colher de sobremesa de fermento quimico em pó
½ colher de chá de sal
1 colher de sopa de açúcar
½ xícara de manteiga
½ copo de leite
1 ovo
1 xícara de queijo ralado (muçarela, parmesão, minas – pode misturar o que você tiver)
1 gema para pincelar sobre os biscoitos

Modo de fazer:
Em uma tigela misture a farinha de trigo, o fermento, o sal, o açúcar e o queijo. Adicione a manteiga e misture até ficar como uma farofa. Coloque o ovo dentro do leite e bata um pouco para misturar. Depois junte à massa e amasse com as mãos. Polvilhe um pouco de farinha sobre a bancada da pia e estenda a massa com as mãos até ficar com mais ou menos 2 cm de grossura. Corte os biscoitos com o auxílio de um cortador ou com a boca de um copo. Pincele com a gema de ovo. Leve ao forno já quente por 15 minutos. Ele não deve ficar muito corado porque pode endurecer.






Experimente variar com castanhas, frutas secas ou frescas – fizemos com blueberry (mirtilo).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FESTIVAL DE ABÓBORAS



 Passando alguns dias nos Estados Unidos...  
Ontem fomos a um festival de abóboras numa fazenda - aqui no início do outono é tempo de colher abóboras. Ao sairmos da cidade se descortinou aos nossos olhos belas paisagens. Se no Canadá a natureza é mais serena, tranquila, na Virgínia há uma natureza exuberante porque o clima é mais quente. Saindo da estrada principal  tomamos uma estrada secundária, passando por muitas fazendas. Depois tomamos a estrada da roça propriamente dita - que aqui é asfaltada!

      Sem saber direito onde era o festival, chegamos ao mercado onde eram vendidos os produtos que a fazenda produzia e cada pessoa podia pegar de brinde 6 espigas de milho verde – gosto muito do milho verde daqui, é tão docinho! Gostei especialmente das pequenas abóboras de muitas formas, cores e tamanhos. Se eu morasse aqui ia levar um cesto dessas abóboras para casa como decoração – devem durar um bom tempo... No mercado ficamos sabendo que a fazenda era mais adiante e seguimos viagem.


      Chegando à fazenda fomos recebidos com o som da música country para a gente entrar no clima. A decoração era feita com abóboras, feno e produtos típicos, e tinha várias atrações. A principal era a colheita de abóboras - quem comprava as abóboras ia até à  plantação, num carro semelhante a uma diligência, escolher e pegar. Algumas pessoas saiam com carrinhos cheios de aboboras. Outra atração era corrida de porcos – o porco que eu escolhi foi o vencedor! E um labirinto no meio do milharal, onde eu não quiz ir porque não achei agradável a idéia de andar no meio dos pés de milho. Outras atrações: tocas de coelhos nativos; labirinto para as cabras; passeio para as crianças – os carrinhos eram tonéis puxados por um trator. Tudo bem no estilo rural do sul dos Estados Unidos.

       No final do passeio saimos da fazenda tomando milkshake de abóbora, levando para casa uma melancia comprida, folhinhas de couve e milho, muitas espigas de milho que ganhamos. Mas o melhor de tudo era a companhia. Pois, é mais importante com quem estamos do que onde estamos.
Decoração com feno e abóboras
Flores e abóboras no mercado
Local da colheita de abóboras
Labirinto das cabras

Final da corrida de porcos



Amanhã volto para o Canadá e de lá retorno  ao Brasil, com a graça de Deus. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PAISAGENS CANADENSES


      É interessante o efeito que um lugar nos causa. Para mim a paisagem canadense é de uma natureza que proporciona calma, tranquilidade, e ao mesmo tempo enche os olhos de beleza. Seja a calma do campo em Smith Falls ou mesmo na cidade grande (Mississauga/Toronto)  - onde sempre encontro uma boa calçada para caminhar, o barulho da água de um chafariz, canteiros de flores e até mesmo um tranquilo jardim -,  traz para mim um ritmo bom na vida. 
   
       Há muito eu não passava um período maior de tempo aqui e o fato de poder fazer isto agora, e passar mais tempo com Verinha e Myrna,  me dá muita alegria. Alegria na convivência nos dias que passamos juntas e na viagem quando fomos partilhando a vida e sentindo o quanto somos preciosas umas para as outras. Nos dando a conhecer naquilo que as vezes a distância nos impede de fazer.

      E como é marcante a mudança das estações! Voltando a Smith Falls no último fim de semana passamos por uma região bonita, com muitas fazendas e pude ver como a paisagem estava diferente. Faltando ainda uns 10 dias para o fim do verão as árvores já começaram a ficar amarelas e a perder as folhas. Que diferença de quando estive aqui há15 dias atrás. O dia foi nublado e chuvoso, no fim da tarde soprou um vento forte e frio, mas ao olhar para o céu pela janela, além das árvores agitadas pelo vento, pude contemplar um belo arco-iris. Os últimos raios do sol banhou os campos com aquela luz dourada própria do outono.

                                                             EM SMITH FALLS

Minha mais bela foto de borboleta

A tranquilidade do lago

Borboleta na flor de cardo
Por do sol
EM REGINA

Belesa urbana
Maçãs... maçãs
NA ESTRADA
Rolos  de feno no campo
Olha que céu bonito!
Começa a aperecer as cores do outono
Parando para tirar fotos

                                                                                     EM MISSISSAUGA
Vasos na calçada


Muitos pássaros cantam neste jardim
As árvores nunca são certinhas, trazem as marcas da vida.
Cores de outono
Flores do campo na cidade
A dança das águas em meio aos prédios

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ARTE COM BOTÕES



       A Verinha, que sempre gosta de novidades, me mostrou alguns trabalhos feitos com botões que ela viu em alguns sites na internet e me disse que queria fazer um quadro com botões. A idéia dela era fazer 4 quadros com temas semelhantes para serem colocados juntos.

      Minha primeira reação foi: Como??? E pensei comigo: isso vai ficar feio, parecendo trabalho de criança! E para piorar as coisas quando a Myrna viu a imagem que ela mais tinha gostado, falou: “Verinha, é a sua cara!” Mas eu ainda estava resistente, não acreditando muito no projeto...

Aí, conversa vai, conversa vem..., me convenceram a fazer uma árvore em quatro quadros.
- “A vovó pinta a árvore e colamos os botões” – e eu já tinha comprado os botões para levar para o Brasil.

         Minha descrença se tornou ansiedade: “Como vou pintar uma árvore? Há 18 anos que eu não pinto! Mas, como resistir à Verinha quando ela quer uma coisa??? Ainda mais com a Myrna dando a maior força...

       Fomos logo comprar o material. E assim o projeto foi se tornando realidade – colamos os 4 quadros em cima da mesa, risquei a árvore e comecei a pintar. Quando terminei a pintura escolhemos os botões, colocamos no lugar e colamos com cola quente. Em 3 dias ficou pronto. 



































Para por os quadros na parede com a distancia certa entre eles,  foi preciso a ajuda do Harris.













A Verinha ficou feliz com o seu quadro... 
e não é que ficou bonito?