sexta-feira, 24 de junho de 2011

CAMINHANDO NO PARQUE


      
 Caminhar é uma das coisas de que mais gosto. E eu tinha o hábito de caminhar muito rápido. Agora, com o passar dos anos, tenho moderado os meus passos. Eu fui criada na roça e quem viveu esta experiência sabe que na roça sempre precisamos caminhar. Primeiramente para sair de lá – ir à estação do trem ou à estrada para pegar o ônibus – caminhar até à casa de um vizinho... eu gostava de caminhar pelos pastos subindo os morros na fazenda onde fui criada.


       Meus passos já trilharam muitos caminhos nesta vida, as vezes caminhos bons outras vezes caminhos enganosos. Mas todos eles acrescentaram alguma coisa, me ensinaram algo. O bom, quando nos enganamos de caminho, é poder voltar...

     O trajeto mais difícil ou o mais longo que eu já fiz caminhando foi no monte Sinai, no Egito. A primeira vez que eu subi – não me lembro se fiquei com medo de não conseguir acompanhar o grupo e ficar para trás – subi direto sem fazer nenhuma parada para descansar, os 2.288 m do monte. Me lembro que quando cheguei à parte dos degraus de pedra, continuei por pura determinação – um passo depois do outro. Acho que esta é uma característica da família: fazemos o que precisa ser feito sem pensar muito em nós mesmos.

Mas... foi tão bom chegar lá em cima e contemplar a bela paisagem!!!

 Na segunda vez que eu subi o Sinai, fiz diferente, aprendi a lição: parei no meio do caminho, comi o lanche, subi até o topo sem grande esforço, e cheguei lá a tempo para o momento de oração.


        Algumas vezes eu e a Vera temos caminhado num parque perto daqui. Conseguimos caminhar durante 30 ou 40 minutos na sombra, numa floresta de carvalhos, pinheiros, plátanos e outras árvores menores. Eu acho uma experiência gratificante ... Enquanto caminhamos vou acalmando a ansiedade com o exercício físico, sentindo o prazer do vento no rosto, ouvindo o ruído do vento nas folhas das árvores.

 Eu gosto de ouvir o canto dos pássaros, a Vera presta mais atenção ao piado dos filhotes... entre uma árvore e outra sempre tem um esquilo correndo. Comentamos que provavelmente foram eles que plantaram este bosque com o hábito de enterrarem as sementes no verão para comerem no inverno, e depois esquecerem onde enterraram.




 E eu sempre interrompo a caminhada para contemplar a beleza das flores do campo ou tirar fotos... 



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